
A esgrima é a forma de luta com espadas. Embora sua origem mais remota chegue a dois milênios antes de Cristo, a esgrima só virou esporte de competição em 1874, quando surgiu a primeira escola norte-americana de esgrima.
A modalidade tem disputas individuais e por equipes, com três tipos de armas diferentes nos combates: espada, florete e sabre.
Os atletas competem em pistas de 14m de comprimento por 1,5m de largura e o objetivo é tocar o adversário sem ser tocado. Em disputas classificatórias, ganha quem somar cinco toques ou ficar quatro minutos sem ser atingido.
Nas eliminatórias, o número de toques sobe para 15 e o tempo, para nove minutos. Por meio de fios e roupas especiais, os competidores estão ligados a um sistema eletrônico que conta cada toque.
Forças: Na última Olimpíada, França e Itália conquistaram três medalhas de ouro cada e lideraram o medalheiro da modalidade. Hungria, Rússia, Estados Unidos e Suíça ficaram com um ouro cada.
O Brasil busca o maior número de vagas olímpicas. Sem nenhuma medalha até hoje na história da competição, o principal objetivo é obter um desempenho superior aos últimos anos.
Medalhas do Brasil na Esgrima em Olimpíadas:
O Brasil nunca ganhou medalhas neste esporte
Candidatos ao ouro em Pequim:
- Stanislav Pozdniakov (Rússia): favorito absoluto nas provas de sabre - é o atual campeão mundial e já conquistou um ouro (1996) no individual, além de já ter na carreira um tricampeonato olímpico (1992, 1996 e 2000) por equipes e um bronze na mesma prova (2004).
- Peter Joppich (Alemanha): atual bicampeão mundial do florete individual, também venceu este título em 2003.
- Valentina Vezzali (Itália): bicampeã olímpica (2000 e 2004) e prata (1996) do florete individual, além de ser a detentora do título Mundial da prova. Também é bicampeã do florete por equipes (1996 e 2000).
Atletas brasileiros que vão disputar a Esgrima nas Olimpíadas de Pequim:
Sabre - Renzo Agresta
Provas de Esgrima nas Olimpíadas de Pequim 2008:
espada individual masculino
espada individual feminino
espada individual por equipes masculino
florete individual masculino
florete individual feminino
florete por equipes feminino
sabre individual masculino
sabre individual feminino
sabre por equipes masculino
sabre por equipes feminino
Ponta da espada
Momentos inesquecíveis nas Olimpíadas:
– Antuérpia (1920): o italiano Nedo Nadi conquista cinco medalhas de ouro: florete individual e por equipes, sabre individual e por equipes, e espada por equipes. Quatro anos antes, em Estocolmo, ele conquistou outro primeiro lugar, no florete individual.
– Los Angeles (1932): um desconhecido Errol Flynn participa das competições de esgrima pela equipe australiana. Ele se tornaria um famoso ator anos depois, protagonizando sucessos como “As Aventuras de Robin Hood”.
– Atlanta (1996): a prova de espada feminina entra no programa olímpico.
Nomes que fizeram história nas Olimpíadas:
– Edoardo Mangiarotti (Itália): é o esgrimista com mais medalhas em toda a história (13), e perde apenas para o ginasta Nikolai Adrianov como mais premiado entre os esportistas masculinos de todos os Jogos. Ele competiu em cinco edições, entre 1936 e 1960, e levou seis ouros (espada por equipes em 1936, 1952, 1956 e 60, espada individual em 1952 e florete por equipes em 1956), cinco pratas (florete por equipes em 1948, 1952 e 1960, espada por equipes em 1948 e florete individual em 1952) e dois bronzes (espada individual em 1948 e 1956).
– Giulio Gaudini (Itália): em três edições dos Jogos Olímpicos, de 1928 (Amsterdã) a 1936 (Berlim), conquistou três medalhas de ouro (florete por equipes em 1928 e 1936, e florete individual em 1936) , quatro de prata (florete por equipes em 1932, sabre por equipes em 1932 e 1936, e sabre individual em 1936), e duas de bronze (florete individual em 1928 e 1932).
- Ilona Elek (Hungria): três medalhas em Jogos Olímpicos, todas no florete individual - ouro em 1936 (Berlim) e 1948 (Londres), e prata em 1952 (Helsinque).
- Aladar Gerevich (Hungria): integrante da equipe húngara que dominou a modalidade entre os Jogos de 1932 e 1960. Foram seis ouros consecutivos no sabre por equipes em todas as edições de que participou, o primeiro aos 22 anos de idade e o último aos 50 - um desempenho que poderia ser ainda melhor se não fosse a suspensão das edições de 1940 e 1944 pela Segunda Guerra Mundial. No sabre individual, ele faturou um ouro (1948), uma prata (1952) e um bronze (1936), e outro terceiro lugar no florete por equipes (1952)
- Pal Kovacs (Hungria): participou de cinco das seis conquistas consecutivas da equipe húngara no sabre por equipes, de 1936 a 1960.
- Giovanna Trillini (Itália): sete medalhas nas provas do florete, sendo um tricampeonato por equipes (1992, 1996 e 2000). Na disputa individual, um ouro (1992), uma prata (2004) e dois bronzes (1996 e 2000).
No Brasil, a esgrima começou no período imperial, pois, enquanto o Brasil era colônia, além de não haver a presença de mestre d’armas no país, também não existia interesse dos colonizadores na prática do esporte.
No período imperial, devido ao interesse de Dom Pedro II, a esgrima começou a surgir, principalmente, no emprego do sabre nos corpos de tropa. Em 1858, é estabelecida a esgrima regimentalmente para os cursos de Infantaria e Cavalaria da Escola Militar de Realengo, havendo, inclusive, a fundação de uma escola de esgrima no Batalhão de Caçadores de São Paulo.
No final do século XIX, já no Brasil República, surge um movimento em prol da esgrima, na Praia Vermelha. Em 1906, por iniciativa do Coronel Pedro Dias de Campos, do Batalhão de Caçadores de São Paulo, é criado o Curso de Formação em Ginástica e Esgrima, que ficou a comando do Capitão Balandie.
Em 1909, é criado um curso de esgrima na Escola de Educação Física da Força Pública de São Paulo. Em 1922, é criado o Centro Militar de Educação Física, na Vila Militar, Rio de Janeiro, o que incentiva a vinda do mestre d’armas francês Lucien de Merignac e, também, a criação de um núcleo de esgrima no Colégio Militar do Rio de Janeiro, por parte de Valério Falcão, instrutor do estabelecimento.
O Exército Brasileiro contrata os serviços do mestre Gauthier, instrutor de esgrima da Escola Joinville le Point, da França, para ministrar esgrima aos militares no Brasil.
Em 1927, a Federação Paulista de Esgrima e a Federação Carioca de Esgrima se unem e criam a União Brasileira de Esgrima, com o apoio da Liga de Desportos do Exército e da Marinha.
A União Brasileira de Esgrima se filia a Federação Internacional de Esgrima, e, em 1936, o Brasil participa dos Jogos Olímpicos de Berlim. Em 1937, é criado, pelo Exército, o Curso de Mestre d’Armas, único do Brasil e que funciona até os dias de hoje, mantendo-se como o único do país.
Após a participação brasileira nos Jogos de Berlim, a equipe de esgrima nunca deixou de participar do diversos eventos internacionais e de manter relações estreitas com a Escola de Educação Física do Exército, local onde atualmente é realizado o Curso de Mestre d’Armas.
Conclusão:
Foi muito legal realizar esse trabalho, encontramos um pouco de dificuldade mas conseguimos cumprir com os objetivos.
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